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D. Afonso Henriques

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Mensagem por Fundador 21st janeiro 2012, 16:00

D. Afonso Henriques 200px-AfonsoI-P
D. Afonso Henriques (1109-1185) foi o primeiro rei de Portugal.

Nasceu provavelmente em Coimbra, filho do conde D. Henrique de Borgonha e de D. Teresa, filha bastarda de D. Afonso VI, imperador da Hispânia cristã, de quem recebera a chefia do Condado Portucalense, que ficou diretamente submetido ao Condado da Galiza e sob o domínio eminente do imperador.

O jovem infante foi criado em Guimarães por Soeiro Mendes e sua esposa, senhores de Riba de Ave, localidade onde, em 1128, Afonso Henriques, sendo já falecido seu pai, veio a assumir o governo do condado. O facto ocorreu na sequência da vitória alcançada, nos campos de S. Mamede, sobre os partidários de sua mãe, então a titular do condado.

A sua atitude política, porém, tinha começado mais cedo, quando, em 1120, sob a direção do arcebispo de Braga, D. Paio, irmão de Soeiro, se colocou em oposição ao partido de sua mãe, que era apoiada pela família condal dos Travas e de outros grandes senhores galegos, por este tempo em confronto com os partidários de D. Urraca.

Em 1122, ter-se-ia armado cavaleiro na Catedral de Zamora por suas próprias mãos, como era hábito fazerem os reis, e é facto revelador de um espírito inconformado e independentista. Nesse mesmo ano, reposta a paz, o infante D. Afonso torna-se a esperança da nobreza portucalense de segunda linha, os infanções, que, tendo as suas terras exclusivamente no condado, passaram a ver em Afonso Henriques o chefe de que necessitavam para os conduzir na obtenção de vitórias militares sobre os mouros que lhes proporcionassem terras, e que mantivesse afastados delas os grandes nobres galegos, nomeadamente os Travas.

Criadas pois as condições para o confronto insanável, não é de estranhar que, no ano seguinte, viesse a ocorrer a Batalha de S. Mamede, que deu a vitória ao infante, afastou a influência galega do Poder e levou a sua mãe ao exílio. A partir deste momento, Afonso Henriques, com apenas vinte anos, empenhar-se-á no primeiro dos seus objetivos: garantir o governo e consolidar a autonomia do condado Portucalense face à Galiza, para depois o transformar num reino independente de Leão e Castela. Para isso procurou dar corpo a um plano militar e diplomático nos domínios político e religioso, tendo por alvo o território dos mouros, que procurará reconquistar, e por interlocutores o Imperador e a Santa Sé.

Até 1134, sustentou o infante lutas internas com os Travas inconformados; mas, nesta data, as suas atitudes autonómicas acabaram por atrair o exército do reino de Leão, que era agora governado por Afonso Raimundes, filho de D. Urraca, sua tia, e que só retirou depois do reconhecimento da submissão de Afonso Henriques e de um pacto de tréguas por dois anos que o reconhecia definitivamente como chefe do condado.

Em 1136, contando com o apoio do rei de Navarra, apoderou-se militarmente de Toronho e Limia, no reino de Leão, o que, naturalmente, fez com que seu primo Afonso, já intitulado imperador da Hispânia, viesse ao condado exercer represálias militares que só terminaram, com a aceitação do tratado de paz estabelecido em Tui, em 1137, certamente favorecido pela necessidade sentida pelos opositores de acorrer à defesa dos respetivos territórios, em face das investidas dos mouros Almorávidas. E foi na sequência da grande vitória de Afonso Henriques alcançada em 1139, nos campos de Ourique, contra numerosos infiéis, que ele se passou a intitular rei de Portugal.

Faltava, porém, o reconhecimento do imperador e do papa; este último devido à autoridade espiritual e prestígio político trazidos da Reforma Gregoriana e que ainda não se tinham apagado. Do primeiro alcançou-o em 1143 pelo Tratado de Zamora e depois de algumas ofensivas do incansável Afonso Henriques em território leonês. Do segundo, só em 1179 conseguiu a aceitação como rei, apesar de, logo em 1143, se ter declarado vassalo da Santa Sé e ter prometido pagar-lhe quatro onças de ouro anuais.

Uma vez constituída a base do Estado Português e tomada plena consciência de que a viabilidade da sua independência passava pela capacidade dos meios materiais indispensáveis à autonomia económica e de meios humanos suficientemente numerosos que garantissem a defesa do território, lançou-se D. Afonso I no empreendimento da Reconquista para obter uns e outros. Para tal contou não apenas com o ardor bélico e desejos de presas por parte dos infanções, mas também com o de todos os homens livres que viam na guerra uma fonte de rendimento, e ainda com o auxílio externo: ocasionalmente dos cruzados, como na conquista de Lisboa, e, mais persistentemente, das ordens religioso-militares a que aderiram cavaleiros portugueses.

No ano 1147, as importantes cidades sarracenas de Santarém e Lisboa passavam para os cristãos. E, na mesma data, iniciava-se o avanço para a margem sul do Tejo, depois da conquista de Sintra: Almada e Palmela tornaram-se portuguesas. A importantíssima cidade de Alcácer do Sal, durante muito tempo na mira de D. Afonso I, rendeu-se finalmente, após o cerco de 1160, quando já tinha ocorrido a morte do imperador, que se arrogava o direito de conquista sobre ela. Das ações militares no Alentejo são de destacar as conquistas de Évora e Moura por Geraldo-Sem-Pavor em nome do rei, bem como de Beja, Elvas, Juromenha e Serpa. Em 1169, na tentativa de conquistar Badajoz, com Geraldo, o rei português partiu uma perna e caiu prisioneiro do genro, Fernando II, neste tempo rei de Leão, que só o libertou depois de receber dele as terras que havia conquistado na Galiza.

Entretanto um novo poder militar islâmico de proveniência berbere entrava em cena na Península Ibérica, em 1170. Do seu ímpeto militar resultaram sucessivas perdas de cidades por parte dos cristãos que assistiram a uma regressão da linha de fronteira, quando o Alentejo voltou à posse do Islão. Este, em 1173, chega mesmo a atacar Santarém, apenas libertada com a ajuda do rei Fernando II; esta cidade, no entanto, devido à sua importância estratégica, voltou a conhecer assédio em 1184, estando nela D. Sancho, filho do primeiro rei português, e que, após uma semana, consegue libertá-la.

A 6 de Dezembro de 1185, consumados 57 anos de governo, chega ao fim da vida, como já chegara sua esposa D. Mafalda, com quem casara em 1145, o construtor do Estado português, sendo sepultado em Santa Cruz de Coimbra, um dos mosteiros cuja construção promovera.

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Mensagem por pikayeah 1st março 2012, 22:32

Um dos meus reis favoritos.
Alem de ter conseguido a independencia daquele que se intitulava Imperador da Hispânia, tendo mesmo a oposiçao da propria mae e lutando ao mesmo tempo contra os mouros, teve um carisma muito forte.

Como era normal e obrigatório, todos os reis cristão tinham de pagar um imposto ao Papa e como o poder da Igreja era enorme, não era sensato desobedecer. O Santo Padre tinha o poder de convocar uma cruzada contra o país rebelde. No entanto, o nosso primeiro rei (falo para os portugueses), recusou sempre pagar quando vinha cá o embaixador de Roma.
Contudo, o papa aceitou isto pois aquando da vinda de um embaixador, D. Afonso despiu-se e mostrou-lhe as cicatrizes, questionando se preferia pagar ao papa e nao ter como continuar a guerra contra os infieis ou se preferia que nao pagasse ao papa para utilizar o dinheiro para alimentar a reconquista.
Entao o Bispo de Roma aceitou o não pagamento.

Um aspecto interessante que não posso deixar de referir foi que aquando da morte de D, Afonso Henriques, já existiam espiões em Ceuta, no Norte de África, ao serviço do nosso primeiro monarca

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Mensagem por Saibot 6th junho 2012, 12:36

Reza a lenda que, em 1139, D. Afonso Henriques enfrentou exércitos reunidos de cinco reis mouros num local chamado Ourique. Venceu os inimigos e, ainda no campo de batalha, foi proclamado rei pelos vassalos. Na véspera dessa batalha, consta, Cristo terá aparecido para assegurar a vitória e entregar-lhe o brasão do reino de Portugal. A realidade, contudo, terá sido diferente. A verdade é que ocorreu uma batalha entre portugueses e mouros, na qual os primeiros foram vencedores e crê-se que, a partir de então, D. Afonso Henriques passou a usar o título de rei.

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Mensagem por Sérgio Sodré 24th maio 2019, 20:36

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Mensagem por Orban89 7th abril 2023, 10:24

D. Afonso Henriques vai ter estátua em Zamora (Espanha)

D. Afonso Henriques MEK06HJ_o


A história de Portugal estende-se ao longo de quase 9 séculos. Quase 900 anos onde muitos portugueses alcançaram diversos feitos que os distinguiram entre os demais. Várias foram as personalidades que foram bem-sucedidas em diversas áreas, conseguindo sucessos que as colocaram nos manuais da história de Portugal. O nosso país teve vários heróis, mas poucos são os que são reconhecidos fora do país. O fundador do Reino tem esse mérito.

O início da dinastia

D. Afonso Henriques nasceu no dia 25 de junho do ano 1111, em Guimarães, a cidade que se tornou no “berço da nação”. Os seus pais foram D. Henrique de Borgonha e de D. Teresa. Ele ficou para a história de Portugal como “O Conquistador”.

Foi o primeiro rei de Portugal. Ele reinou entre 1143 e 1185. O Rei D. Afonso Henriques iniciou assim a 1ª Dinastia, que ficou conhecida como Dinastia Afonsina (ou por Dinastia Borgonha).

Ele casou-se com D. Mafalda de Sabóia e, quando o filha de ambos chegou ao trono, deu seguimento à Dinastia Afonsina. D. Sancho I foi o filho herdeiro do trono. Ele ficou conhecido como “O Povoador” e reinou entre 1185 e 1211.

Mais tarde, foi o neto de D. Afonso Henriques a liderar o reino, D. Afonso II (filho de D. Sancho I e de D. Dulce de Aragão). Este rei ficou conhecido como o “O Gordo”. D. Afonso II reinou entre 1211 e 1223.

Uma estátua em Espanha

D. Afonso Henriques irá ter uma estátua em Espanha. Esta estátua está a ser preparada na cidade berço, em Guimarães. O escultor vimaranense Dinis Ribeiro é o autor desta estátua. Ela repousará num plinto desenhado pelo arquiteto Abel Cardoso.

A estátua apresentará 4,2 metros, sensivelmente, e repousará em cima de um plinto de 1,8 metros. Por isso, a estrutura total da estátua terá uma altura superior 6 metros e irá pesar cerca de 15 toneladas.

O autor da estátua, Dinis Ribeiro, defendeu o seguinte: “Vamos usar três materiais: o granito da região de São Torcato, um lugar mítico da narrativa da Reconquista Cristã da Península; o mármore de Estremoz simbolizando a ligação de Afonso Henriques à expansão do reino para o sul; e o granito negro Angola encerra a trilogia de materiais, ligando a figura do primeiro rei à Expansão Marítima.”

Dinis Ribeiro revela que a criação de uma estátua de Afonso Henriques rapaz é algo diferente, uma proposta que assegura outra visão sobre o Conquistador. O Escultor defende “Habituámo-nos a imaginar D. Afonso Henriques a partir da figura esculpida por Soares dos Reis, que podemos ver em Guimarães e em réplicas em Santarém e Lisboa. Trata-se de um homem entre os 30 e os 40 anos, no seu pleno vigor físico. Esta nova escultura abre uma porta para o nosso imaginário, uma vez que retrata a figura singela de um rapaz no meio da puberdade.”

Dinis Ribeiro defende ainda que “a peça retrata o jovem Afonso no momento imediatamente antes de se ajoelhar para se fazer cavaleiro, com as mãos na espada que também pode ser encarada como uma cruz”, desvenda. O autor confessa que “o pior que pode acontecer é dizerem que está muito bonitinha, espero que gere controvérsia, gosto de criar desarrumação.”

A estátua será inaugurada em Zamora. O evento será organizado em parceria com a Fundação Rei Afonso Henriques e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, contando com o apoio do Ajuntamento de Zamora e da Câmara Municipal de Guimarães.

O monumento será instalado nos dias 29 e 30 de abril.

A inauguração da escultura, na cidade espanhola, só irá acontecer no sábado, dia 29 de abril, no jardim da Fundação Afonso Henriques, pelas 18h. No dia 30, irá celebrar-se uma missa solene na Catedral, que será presidida pelo bispo de Zamora, D. Fernando Valera.

Generosamente, este homem dirigiu um convite ao arcebispo de Braga e ao bispo de Coimbra, fazendo questão de manifestar o seu desejo de os ter no local como concelebrantes.

Florentino Cardoso, presidente da direção da Grã Ordem Afonsina, defendeu o seguinte: “a escolha deste local para a colocação da estátua de D. Afonso Henriques deveu-se ao facto de ele se ter armado cavaleiro no dia de Pentecostes de 1125, na Catedral de Zamora, perante D. Paio Mendes (arcebispo de Braga de 1118 a 1137), tendo este ato constituído o prenúncio da dignidade régia que possuía.”

O representante da Grã Ordem Afonsina explicou que o objetivo desta estátua passa por divulgar “o relevante e transcendental papel da vida e obra do nosso rei fundador”. A Grã Ordem Afonsina revela estar “muito grata pelo apoio mecenático e também com o apoio institucional da Câmara de Guimarães que, desta forma, pretende alavancar mais uma das ações de promoção do primeiro rei português, como pedra angular na formação de uma nação e de uma cultura, reiterando o nome de Guimarães como primeira capital deste território”.

Esta ordem tem já preparado um programa especial de viagem com transporte em autocarro de turismo, incluindo alojamento e pensão completa. Irá difundir essa informação oportunamente, nomeadamente através das suas redes sociais. Para estar a par dessas publicações, veja aqui. Se tem interesse em ir à inauguração, acompanhe a página regularmente.

A ligação do Rei de Portugal à cidade espanhola é evidente. A vida do monarca esteve sempre muito ligada a Zamora. Florentino Cardoso defende que “foi ali que, em 1143, se deu o encontro de paz e amizade entre ele e o seu primo Afonso VII”.

A Fundação Rei Afonso Henriques é uma instituição hispano-portuguesa que tem sede partilhada entre Zamora e Bragança. Por isso, revelou-se fundamental para dar o impulso decisivo que permitiu que o projeto avançasse.

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